Muitas pessoas não sabem, mas o transtorno de pânico pode se manifestar em pessoas dependentes de drogas ou álcool.

É o que chamamos de problemas concomitantes, que podem aparecer ao mesmo tempo ou em momentos diferentes, e seus sintomas podem variar em intensidade e em forma com o tempo.

Por isso, quando um paciente chega em uma clínica de recuperação, geralmente se pergunta: o que apareceu primeiro, o problema de saúde mental ou aquele de consumo de substâncias?

Como é difícil saber, é melhor considerar como problemas independentes que têm repercussões um sobre o outro.

Portanto, entenda quais os fatores de risco e como tratar!

O que é transtorno de pânico?

transtorno de pânico se caracteriza por episódios intensos e recorrentes de ansiedade, chamados de “ataques de pânico”.

Esses ataques surgem de maneira imprevisível e se manifestam por sensações físicas desagradáveis, como palpitações cardíacas, agitação, sudorese interna e respiração curta, entre outros sintomas.

As pessoas que sofrem desse transtorno relatam que têm a impressão que estão loucas, além de perda de controle ou que vão morrer.

Pesquisas mostram que três em cada cem pessoas sofrerão de uma crise de pânico em algum momento de suas vidas.

No entanto, 36% das pessoas afetadas por ataques de pânico têm também problemas com o abuso de álcool e/ou outras drogas.

Transtorno de pânico e dependência quais os fatores de risco?

Problemas de saúde mental, como o transtorno de pânico, e os problemas de dependência podem interagir de diversas formas:

Portanto, as pessoas que têm os dois problemas apresentam um maior risco de ter problemas médicos, sociais e afetivos mais graves que se tivessem apenas um.

Nesse caso, o tratamento para dependência química será mais longo e mais difícil.

O que tratar primeiro: o transtorno de pânico ou a dependência?

Ainda existem muitas dúvidas sobre o que tratar primeiro, mas enquanto alguns especialistas aconselham primeiro o tratamento para alcoolismo, outros seguem a linha de tratar os dois em paralelo.

Dessa forma, cada avanço no tratamento da dependência diminuiria as causas do transtorno de pânico, e a longo prazo, esse círculo vicioso deixaria de existir.

Geralmente, o tratamento dura alguns meses, mas como as pessoas sofrem de mais de uma doença, o tratamento pode levar mais tempo e ser mais complexo.

Assim, o tratamento leva em conta todos os problemas correlacionados, frequentemente a depressão e/ou consumo de álcool ou drogas.

Algumas abordagens, além dos grupos de apoio, são utilizadas para ajudar uma pessoa a combater as crises de pânico, como a terapia cognitivo-comportamental e o uso de medicamentos.

O ideal é contar com o suporte de profissionais experientes nos dois problemas, o que permite otimizar o tratamento.

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